29.12.06

Ano novo: prepare-se para muita confusão em 2007 por Mônica Horta


Existem momentos da vida com cheiro de primavera. Outros momentos são difíceis e desconfortáveis, como o inverno ou um verão muito rigoroso. Em cada ano, o ciclo das estações se completa, mas sempre existe uma delas que predomina.

É por isso que cada ano tem um regente que funciona como um maestro, ele harmoniza do seu jeito, influencia de diversas formas... complementares ou dissonantes.

Sensação de perda em 2006
O ano de 2006 foi regido por Saturno, um deus sério e exigente, que não faz elogios fáceis e cobra muito mais do que acarinha. Por ser o senhor do tempo, não se impressiona com coisas passageiras nem com “brilharecos” pouco consistentes. Pela sua peneira fina só passa o que tiver peso e valor. E por isso, você pode estar terminando este ano com a sensação de que perdeu muito mais do que ganhou.

Pois então pense novamente e perceba que, apesar de poucos, os ganhos foram duradouros. Quem aprendeu as lições de Saturno, construiu uma base sólida para sustentar as confusões do novo ano que vem por aí.

O ano de 2007: exageros
Assim como no carnaval, 2007 já está evoluindo na concentração, trazendo fantasias luxuosíssimas e gigantescos carros alegóricos. O regente de 2007 é Júpiter, o pai de todos os deuses, o senhor do Olimpo, o grande legislador que nunca se preocupou em cumprir uma única das leis que ele mesmo criou. Júpiter é um planeta benéfico, mas, neste ano, está especialmente onipotente. Ele já está atuando desde o final de 2006... e como sempre, de forma exagerada!

Qual outro planeta poderia inspirar um papa conservador como Bento XVI a se voltar para Meca e se entender com Alá? Qual outro planeta poderia insuflar o orgulho dos nossos parlamentares a ponto deles dobrarem os próprios salários e anunciarem esse aumento como se fosse a coisa mais natural do mundo? Pois os atos do Papa e a “ousadia” dos nossos deputados são símbolos perfeitos do que nos espera em 2007.

O jogo dos astros
Júpiter passa o ano todo em Sagitário, nos oferecendo a possibilidade de transformar em sabedoria o conhecimento que foi adquirido por meio das grandes transformações promovidas por Plutão. Mas Saturno, o rei destronado por Júpiter, vai passar mais um ano no signo de Leão, nos fazendo perceber na prática que o nosso ego só tem realmente importância quando se põe a serviço de uma causa maior. Do outro lado do céu, no signo dos movimentos sociais, estará Netuno, ele abrirá um link direto com o inconsciente coletivo e dará - de um outro jeito – o mesmo recado:

“Quando atua apenas em seu próprio proveito, quando pensa apenas na sua felicidade individual, o homem enfraquece e verga ao peso da angustia existencial que nos foi dada como contrapeso ao grande dom de possuir uma mente racional”.

Se formos capazes de moderar a nossa onipotência e não perdermos de vista a lições do ano de 2006, poderemos entrar numa fase de crescimento sustentado e viver um ano alegre, cheio de novidades e novos aprendizados. Se nos ligarmos a Júpiter pelo dom da sabedoria, conseguiremos suportar as perdas e o sofrimento da vida, se não com resignação, pelo menos com serenidade.

Contudo, se embarcarmos na “viagem” da onipotência jupteriana, bem... daí iremos passar o ano pagando micos sucessivos e vamos ter que devolver tudo aquilo do que nos apossamos indevidamente.

Não é por nada não, mas esse aumento dos deputados ainda vai dar pano pra manga....

Mônica Horta é astróloga e faz previsões diárias dos signos .

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